sexta-feira, 25 de junho de 2010


NOVO BLOG DO CAMINHO DO ARTESANATO:
Casa nova, blog novo.

 http://ocaminhodoartesanato.blogspot.com.br/



quarta-feira, 26 de maio de 2010

A QUARESMEIRA NO ARTESANATO DO CAMINHO

A Quaresmeira (Tibouchina granulosa) é a Árvore-Símbolo de São Lourenço e, logicamente, não poderia deixar de ser retratada no artesanato da cidade.

Agenda para telefone - Flora Maria

Bolsa com bordado em juta - Eli e Flora Maria

Bloquinho em papel reciclado - Flora Maria

Sacola Ecológica - Eli e Flora Maria

Colar em feltro - Cláudia

Colar com fuxico - Cláudia

Broche em feltro - Cláudia

Faixa para cabelo - Cláudia

Cabaças pintadas - Marília Coli

Essa é a forma das artesãs do Caminho do Artesanato mostrarem tão bela flor.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

COM GOSTO DE CAMPO VERDE

O Sítio Flori faz parte do roteiro de visitação do Caminho do Artesanato Rural e é sempre muito agradável ver e rever sua verde paisagem.

Vida simples, muito trabalho e as lidas do campo feitas com muito amor. Assim vive a família Flori, na área rural de São Lourenço, pertinho do centro da cidade.

Em cada canto encontramos encantos ! O cacho de Nêsperas, amarelinhas e apetitosas, é um exemplo do que existe por lá.
Até onde a vista alcança a paisagem é verde, agora salpicada do roxo da Quaresmeira , Árvore Símbolo de São Lourenço.

O amarelo da orquídea Oncídium, conhecida como Chuva de Ouro, ilumina o fundo sempre verde.
Momento de paz e reflexão.

O queijo Minas Frescal é produzido diariamente no Sítio Flori, e vale a pena experimentar seu suave paladar.

Em São Lourenço ainda podemos apreciar a vida serena do campo, bem pertinho da cidade.

sábado, 3 de abril de 2010

FEIRA MINEIRA DE ARTESANATO RURAL

Mais uma vez assistimos em São Lourenço a exposição da ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE ARTESANATO RURAl (AMAR), feira tradicionalíssima e esperada com ansiedade por moradores e turistas.

O artesão Manoel Gomes, da cidade de Turmalina, comunidade de Campo Alegre, apresentou seu belíssimo artesanato de cerâmica.

Plantar o algodão, colher, fiar na roca e produzir esse lindo trabalho artesanal é obra da Leontina, da cidade de Berilo.

De Poços de Caldas encontramos artesanato country em tecidos, criação da MARI-ART Artesanato. Muito alegre e colorido.

Hermenegilda, artesã de Varginha, trabalha com sementes, bucha vegetal e juta e seu artesanato é famoso e reconhecido.

As cabaças são a matéria-prima para o criativo trabalho da BIBI - Artesanato, da cidade de Formiga. O biscuit faz os detalhes.

As interessantes casinhas em madeira, cheias de detalhes, são obra do Adair Lucas, de Nova Lima.

Bruarte, é a marca do artesão Marcelo Barbosa, de Soledade de Minas, e seu produto tem Certificado da Produção Artesanal IQS.

Uma beleza os instrumentos musicais étnicos do Henrique Silva, de Belo Horizonte !
Ele também oferece cursos e oficinas.

De Janaúba veio a famosa cerâmica norte mineira do Artesanato Jackeline.
Peças enormes, magníficas.

De São Lourenço, o Projeto CRER-SER, trouxe artesanato e música. Os jovens da foto também fazem parte da Orquestra de Cordas, coisa linda de se ouvir.

Mais uma Páscoa em São Lourenço, com cidade lotada e belo artesanato na praça.
Quem não veio, perdeu...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

PARADA RAMON - Puro charme !

Entrar na Parada Ramon é penetrar num mundo pequenino e charmoso onde cada detalhe encanta e surpreende !

Cor e graça fazem parte desse cantinho mágico, de onde não dá vontade de sair.
Na mesa, entre outras peças bonitas, está a minha Caixa de Guardados, da primeira safra, produzida em 2003.

Na estante cor-de-rosa, belezas e fofuras.

Roupas artesanais da "Lucotinha". Tapetes lindos da Vilma Fernandes.
Imperdível !
Vir à São Lourenço e não visitar a Parada Ramon é perder a oportunidade de conhecer um pouco da história da cidade e adquirir produtos muito especiais.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

REVELANDO O ARTESANATO

Depois de fazer vários Cursos de Capacitação e de Design em Artesanato, depois de ouvir as inúmeras instrutoras a dizer sempre a mesma coisa – não copiem das revistas, não busquem os programas de tv e seus passo-a-passo - acabei ficando muito crítica e exigente quanto ao artesanato. Não consigo simplesmente copiar o que já está pronto.

"Bela escultura do ceramista Bernardo Ilg"

Uma enorme inquietação tomou conta de mim, uma ânsia de criar algo novo e diferente – num mundo em que tudo já foi criado...- e como é difícil produzir assim !

Para buscar amparo nesse eterno questionar, fui pesquisar ARTESANATO, e aqui está um pouco do que encontrei :

"Frutas em madeira do artesão Jorge Mendes."

Os primeiros objetos feitos pelo homem eram artesanais.

Isso pode ser identificado no período neolítico (6.000 a.C.) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica como utensílio para armazenar e cozer alimentos, e descobriu a técnica de tecelagem das fibras animais e vegetais.

"Tapete em tear mineiro, da Vilma Fernandes (Parada Ramon)".

O mesmo pode ser percebido no Brasil no mesmo período. Pesquisas permitiram identificar uma indústria lítica e fabricação de cerâmica por etnias de tradição nordestina que viveram no sudeste do Piauí em 6.000 a.C.

"Jogo americano executado em tear, pela Mercedes Calfa (Cor e Trama.)."

Historicamente, o artesão, responde por todo o processo de transformação da matéria-prima em produto acabado. Mas antes da fase de transformação o artesão é responsável pela seleção da matéria-prima a ser utilizada e pela concepção, ou projeto do produto a ser executado.

"Bordado e aplicação de feltro sobre juta, da Flora Maria (Flora da Serra)".

A partir do século XI, o artesanato ficou concentrado então em espaços conhecidos como oficinas, onde um pequeno grupo de aprendizes viviam com o mestre-artesão, detentor de todo o conhecimento técnico. Este oferecia, em troca de mão-de-obra barata e fiel, conhecimento, vestimentas e comida. Criaram-se as Corporações de Ofício, organizações que os mestres de cada cidade ou região formavam a fim de defender seus interesses.

"Bordado em lã sobre juta da Eli Cardoso (Brincadeira de Papel)".

Com a Revolução Industrial, teóricos do século XIX, como Karl Marx e John Ruskin, e artistas (ver: Romantismo) criticavam a desvalorização do artesanato pela mecanização. Os intelectuais da época consideravam que o artesão tinha uma maior liberdade, por possuir os meios de produção e pelo alto grau de satisfação e identificação com o produto.

Na tentativa de lidar com as contradições da Revolução Industrial, William Morris funda o grupo de Artes e Ofícios na segunda metade do século XIX, tentando valorizar o trabalho artesanal e se opondo à mecanização.

"Bordado sobre feltro, da Cláudia Mello (Bicho fofo) "

Artesanato, por definição é utilitário.

-Artesão é aquele que domina a técnica.

- O Artesão nunca chega a perfeição se está sempre mudando.

"Bordado sobre tecido, da Marília Araújo (Ladaínha)".

- Artesão é o criador, a mão que toma de seus ancestrais o conhecimento tradicional e o soma à sua própria habilidade, realizando peças nas quais funde utilidade, técnica e beleza. Artesão é o portador do saber cultural, é o dono dos meios de produção e portanto, de sua vida e do fruto do seu trabalho.

"Pintura em cabaça, da Marília Coli (Frutos da Terra)".

-Artesão é aquele que cria um produto que possui uma história. A história do artesão sob seu ponto de vista e percepção. Um portador da voz, das mãos, do gesto do artesão. Este objeto tem conteúdo. Objeto- pensamento de seu criador. É um objeto-mensagem.
É único, é original.

"Pintura em ferro, da Alcione (Fábrica das Artes)".

Rosa Pomar, a mais conhecida artesã/designer portuguêsa, responde a pergunta:

Que conselho darias a quem ainda anda à procura do seu próprio estilo nos trabalhos manuais?

"Começa por desligar já o computador. Na internet só vais encontrar inspiração digerida por outras pessoas. O mundo não precisa de mais pregadeiras em feltro sintético e, no mundo real, há muitas técnicas e saberes sem herdeiros. Pede à tua avó que te ensine a fazer um cesto de vime, ou recupera o tear que ela tem lá em casa e que está cheio de teias de aranha, ou aprende a fazer chinelos de ourelos e agulhas de tricot com aros de bicicleta (isto é verídico) e meias da Serra D'Ossa, porque mais ninguém sabe. Vais ter de certeza muito mais para contar do que se ficares aí desse lado, e muitas mais pessoas a querer ler-te (eu vou ser uma delas)".

"Pintura em tela, da Tania Scrivano (Fazendo Acontecer)".

"Quem, como eu, se começa a interessar por exemplo pelas tradições têxteis, dá por si a passar horas a fio nos sites de museus estrangeiros, e a tricotar meias Turcas em vez de meias da Serra D’Ossa (estas últimas condenadas a desaparecer em breve). Também não é por acaso que os designers ou empresários que querem integrar motivos populares no seu trabalho irremediavelmente acabam por pegar no galo de Barcelos ou nos lenços de namorados. É que por cá não há grande hipótese de terem visto outras coisas."

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A palavra ARTESANATO perdeu seu status e foi vulgarizada ao extremo, no momento em que "qualquer-coisa-pode-ser-chamada-de-artesanato".

Dentro de um conceito mais profundo, Artesanato não pode ser o produto copiado, multiplicado um milhão de vezes, mundo afora.

Artesanato precisa ter a inspiração e a transpiração do artesão, sua emoção e sua alma, sua certeza e suas dúvidas.